
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
sexta-feira, 16 de novembro de 2007
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
Caleidoscópio Insular
Caleidoscópio Insular da Ilha dos Marinheiros na Lagoa dos Patos. Uma abordagem pelo Método de Bateson e Mead, na produção de flores para finados, pelos ilhéus.
Carlos Leonardo Recuero[1]
RESUMO : O presente texto apresenta uma incursão teórica-prática ao pioneirismo de Margaret Mead e Gregory Bateson, no que se refere a utilização de pranchas fotográficas para apresentar um estudo fotoetnográfico. Os dois modos de leitura, que abrangem a utilização de fotografias e as interpretações que elas podem oferecer são aqui discutidos. O texto corriqueiro é utilizado em pranchas subseqüentes, de forma a elucidar dados referentes as pranchas fotográficas. Com a utilização de modelos de John Collier Jr. e Luiz Eduardo Robinson Achutti, apresentamos um pequeno caleidoscópio da produção de flores para os finados. As possibilidades de leitura do trabalho realizado pelos ilhéus contempla que a leitura não seja apenas linear, mas que existam múltiplas possibilidades de compreensão daquela realidade, através da narrativa visual.
Palavras Chaves: Fotografia, fotoetnografia, narrativa, visual, etnografia.
1. INTRODUÇÃO
A abordagem deste artigo leva em conta a utilização do método de Bateson e Mead, bem como as pertinentes orientações de John Collier Jr. e de Luiz Eduardo Robinson Achutti, na utilização da fotoetnografia, como uma descrição narrativa visual da vida, dos costumes, da cultura, dos insulanos descendentes de portugueses e que habitam a maior ilha da Lagoa dos Patos. A Ilha dos Marinheiros.
O caleidoscópio de imagens apresentadas e ordenadas de forma narrativa, não pretende se sobrepor as palavras, as quais sempre agrupadas e ordenadas de forma a garantirem a formação textual de qualquer narrativa , são costumeiramente as mais utilizadas.
Visa-se com a fotoetnografia apresentar um novo texto, desta feita com uma alternativa repleta de riqueza, de observações, constatações, das quais, as palavras não podem conter. Um relato visual. Portanto, de forma análoga, se agrupam as imagens fotográficas, de jeito a constituírem uma nova narrativa, desta vez porém com a utilização de fotografias.
A poética da narrativa visual, de certa forma, ultrapassa a poesia e a musicalidade da oratória, descompassando a tradição da escrita e adotando a linguagem visual fotográfica como forma e com a mesma importância da linguagem escrita.
Não se tem a intenção de levantar bandeiras e nem mesmo de acirrar debates entre os defensores da textualidade da escrita e o potencial narrativo das imagens, em especial com o uso fotografia. Pretende-se apresentar este trabalho, que se utiliza de outros meios descritivos, do que os tradicionalmente utilizados e que procura conjugar o uso do tradicional com o novo.
As idéias e as imagens aqui apresentadas fazem parte de um trabalho de três anos junto aos ilhéus e são fruto de uma prática de pesquisa, onde o uso específico da fotografia nos trabalhos de campo e na própria pesquisa, tem sido a tônica dos procedimentos praticados, na narração fotoetnográfica de uma cultura isolada, até há pouco tempo do continente, por fatores econômicos, sociais e de ordem política.
O uso da fotografia ainda é uma prática insipiente, talvez devido ao desconhecimento e a ausência de habilidade na sua utilização, o que a coloca normalmente em segundo plano ou mesmo em anexos de trabalhos científicos.
A narrativa fotoetnográfica é algo novo. Todavia, se percebe nos meios acadêmicos como uma prática cada vez mais utilizada. De fato, conforme dados do professor Achutti,[2] dos sessenta e cinco etnógrafos que defenderam suas teses em etnografia, desde 1977, vinte utilizaram a fotografia para ilustrar seus trabalhos, outros para realizar longas descrições de suas pesquisas e outros para referendarem e testemunharem suas experiência vividas em campo. Finalmente alguns apenas a utilizaram entre os textos narrativos. Portanto, é novo visto a quantidade de trabalhos produzidos até agora, e os que se valeram recentemente da sua maciça utilização.
O livro mítico de Bateson e Mead “Balinese Character”(1942), é sem dúvida, segundo Collier Jr., autor de “Visual antropology: photography as a research method”(1967), o marco inicial da primeira e exaustiva pesquisa de conjugar texto e imagem em trabalhos científicos com a mesma importância.
UM OLHAR SOBRE A ILHA
A escolha deste local de trabalho e pesquisa recaiu sobre a ilha dos Marinheiros pelos motivos que agora se expõem.
A ilha dos Marinheiros se encontra ao sul do Brasil, na Lagoa dos Patos, próxima à cidade do Rio Grande, no estado do Rio Grande do Sul.(fig.1)
Fig.01 Reprodução Carlos Recuero. Fig.02 Reprodução Carlos Recuero.
A ilha fica distante do continente por cerca de 1.500 metros da cidade do Rio Grande, encontra-se a 32º.00`de latitude sul e 52º.6`de longitude oeste, tendo uma área de 39,28 km2. É de grande importância para a Região, sendo a maior e mais importante ilha, além do fato de ser muito fértil e um centro de produção de hortaliças, legumes e coleta de pescados para aquela cidade. A cidade do Rio Grande é a parte branca , ao sul, próxima a grande ilha que se observa no mapa acima.(fig.2).
A importância da escolha da ilha está ligada a dois aspectos relevantes. O primeiro, diz respeito ao isolamento do qual a ilha sempre foi vítima, preservando uma cultura, costumes, hábitos e uma religiosidade, há muito desaparecidos no continente próximo. Ou seja, descortina uma comunidade intacta diante da globalização, que a tudo atropela e põe por terra, e possibilita um campo fértil para a pesquisa etnográfica da região, colonizada, principalmente por portugueses, e centrada naquele pequeno universo.
Em segundo lugar, a acolhida calorosa que se recebe dos ilhéus, enraizada nos velhos costumes e tradições portuguesas, apontaram a possibilidade de uma abordagem mais profunda e, conseqüentemente, viabilizaram um trabalho fotoetnográfico de qualidade.
Na ilha, se esta há quatro anos e ali se desenvolveram dois projetos, que se utilizam da fotografia como forma de pesquisa. O primeiro desenvolvido com três alunos em 1999/2000 e denominado de “Jeropiga da Ilha”, contemplou uma abordagem de registros fotográficos e de aspectos culturais da ilha, e culminou com uma exposição fotográfica.
O segundo trabalho, de cunho mais científico, contempla a pesquisa com o uso de imagens fotográficas e as reações que tais imagens poderiam trazer para os próprios fotografados e, se as mesmas, poderiam influenciar a sua relação com o cotidiano. Este projeto intitulado “Ilhéus de Açores na Ilha dos Marinheiros; um Estudo EtnoFotográfico para Construção da Identidade Social” e que conta com trinta alunos e dois colaboradores.
É deste projeto, o caleidoscópio apresentado, com a utilização do método de Bateson e Mead, para estudar a etnografia do insular. Mais precisamente, na produção de flores como alternativa econômica sazonal para complementar as parcas receitas obtidas em outras lides agrícolas.Este trabalho, é desenvolvido como forma de complementar o orçamento econômico familiar do ilhéu e, é relegado, em grande parte, à tarefa da mulher.
FOTOETNOGRAFIA – Uma Narrativa Visual
PRANCHA I
1. Ao lado do galpão, onde a mulher trabalha, fica a plantação de flores.
2. As flores
3. A colheita no jardim é feita através da escolha de cada flor.
4. A colheita da flor, é feita uma após a outra.
5. A escolha das flores
6 Sobre os ombros, a mulher, com cuidado carrega a colheita.
7. O cuidado ao colher, é feito para cada flor.
8. Transportando as flores.
9. As embalagens, no galpão de serviço.
PRANCHA II
10. O Trabalho no galpão.
11. O homem, apenas observa, o que é relegado à mulher fazer.
12. Os arranjos
13. O galpão de serviço, cheio de flores.
14. A escolha para os arranjos.
15. O preparo para o acondicionamento
16. A flores prontas para o transporte e o comércio.
PRANCHA III
17. O trabalho do homem, é aquele onde prevalece a força.
18. Se habilidade, o homem mostra o buquê feito pela mulher, para venda.
19. O transporte marítimo, é relegado ao homem.
20. O transporte terrestre, também é atividade do homem.
21. Carregando o balaio.
22. Supervisionando o carregamento na caminhonete.
23. Descarregando o barco
24. Comprando um buquê.
25. Até no carregar as flores para homenagear um ente querido, se percebe a falta de habilidade com as flores.
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PRANCHAS VII
26.Selecionando flores.
27.O cuidado na formação do buquê.
28.O trabalho feminino, envolve todas as gerações, e é um momento da conversa feminina.
29.O carinho e o cuidado com o trabalho da formação do buquê.
30.O buquê.
31.O balaio de flores pronto para o transporte, onde vai ser colocado o buquê pronto.
32.O homem observa, o galpão florido, e o serviço que a mulher faz.
PRANCHAS VIII
33.A banca, á frente do cemitério.
34. Aguardando os clien
35. Preparando os buquês para a comercialização
36 Na feira o buquê.
37 O trabalho da feira
38 A escolha do que comprar
39 O comprador pede opinião.
40 O carinho da escolha da flores e do seu carregamento pela compradora.
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Reavendo as Palavras
Um caleidoscópio simples. Uma estruturação de um conjunto de imagens a fim de apresentá-las como uma narrativa visual. Não se apresenta uma etnografia de imagens, mas uma etnografia com imagens. A utilização de fotografias, no entanto, fortalece uma certeza, a qual já se acalentava há algum tempo. É diferente. É muito diferente observar a cena, fotografar a cena e depois ler a imagem registrada.
Outro aspecto relevante é a diferença alarmante entre os componentes da narrativa visual e a riqueza de elementos que proporcionam ao leitor e o registro, muitas vezes, árido, realizado através da escrita tradicional. Porém, ambas, são formas de transcrever uma realidade, no caso etnográfica e representativa do cotidiano do ilhéu, na elaboração das flores para as comemorações de finados.
A apresentação das pranchas e o fato de não conterem textos é intencional. Os textos, de forma complementar, encontram-se logo após as pranchas visuais, em pranchas textuais, e têm um caráter elucidativo sobre a imagem.
As fotografias apresentadas fazem parte do acervo elaborado de forma a apresentar a fotoetnografia[3], como uma forma de pesquisa científica e com propósitos de estabelecer um método para a sua realização de forma acadêmica.
Os vestígios registrados são parte de uma série de 1200 fotografias que mostram a arte de se fazer buquês de flores para os eventos de “Finados”. Os galpões repletos de balaios de flores, exalavam um aroma especial, e as mulheres sentadas, entre as macegas, ou no chão, contam a velha tradição da Ilha a elas relegada. O doce trabalho da mulher, que se relata, permite observar a delicadeza do trato e, não só na confecção dos buquês, mas na forma como são colhidas as flores e o cuidado “maternal”, a elas dispensados no carregar, no manuseio, e no seu acondicionamento.
Ao homem resta o trabalho braçal. O carregamento. O transporte até a comercialização. Porém, mesmo quando o faz, demonstra um “jeito estranho” no segurar, no apresentar o trabalho artesanal feito pela mulher.
Os significados deste caleidoscópio encontram-se no verdadeiro olhar de quem olha e VÊ ! Etnograficamente aqui está exposto um pouco do trabalho, da tradição, da sensibilidade feminina e da arte de trabalhar com flores. Aqui fotoescrevemos o outro, e narramos visualmente uma parte da história de suas vidas. Registramos fotograficamente o indizível.
As relações captadas e colocadas nas pranchas tentam estabelecer um fio condutor. Porém, o fio condutor do fotógrafo, pode não ser fio do leitor. Assim a lógica da narração tradicional, pode não ser seguida, quando da leitura visual, pois efetivamente a opção de olhar e como olhar é uma decisão do leitor. Apenas temos uma certeza, e tomamos as palavras de Luiz Eduardo Robinson Achutti , “É preciso ainda aprender mais sobre como ler as fotografias”. (2004.p.303)
Nota Técnica : Todas as fotografias foram realizadas com uma máquina Nikon D100, Digital, 6,1 megapixel, em baixa resolução. Foram utilizadas a sensibilidade Iso 400 e uma objetiva Nikkor, autofocus, F.2.8. - 24/105mm.
Referências Bibliográficas
ALVES, André. Os Argonautas do Mangue. Editora Unicamp. Campinas.2004.
ACHUTTI, Luiz Eduardo Robinson, Fotoetnografia, Um estudo de Antropologia Visual sobre cotidiano,lixo e trabalho. Livraria Palmarinca/Tomo Editorial Porto Alegre. 1997.
___________, Fotoetnografia da Biblioteca Jardim. Livraria Tomo Editorial/UFRGS editora. Porto Alegre.2004.
BATESON, Gregory e MEAD, Margaret. Balinese Character. A Photographic Analysis. The New Academy of Sciences. Second print. USA. 1962.
COLLIER JR, John. Antropologia Visual: A Fotografia como Método de Pesquisa. Editora da Universidade de São Paulo. São Paulo. 1973.
FELDMAN-BIANCO, Bela & LEITE, Mírian L. Moreira (Orgs.) Desafios da imagem. Fotografia, iconografia e vídeo nas ciências sociais. Papirus Editora.Campinas. São Paulo. 1998.
[1] Fotógrafo e jornalista, mestre em Desenvolvimento Social pela Universidade Católica de Pelotas. Pós graduado em Administração pela Fundação Getúlio Vargas, pesquisador do Nupecom ( Núcleo de pesquisas em Comunicação Social da UCPel) e professor da Escola de Comunicação Social da UCPEL, nos cursos de Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Relações Públicas.
[2] Luiz Eduardo Robinson Achutti.. Professor adjunto do Departamento de Artes Visuais do Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Pesquisador do Laboratório de Antropologia Visual e Sonora no Mundo Contemporâneo da Universidade Paris & Denis- Diderot. Doutor em Antropologia Pela Universidade de Paris. Mestre em Antropologia Social pela UFRGS. É fotógrafo desde 1975.
[3] Fotoetnografia. Termo cunhado pelo professor Luiz Eduardo Robinson Achutti
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
Iemanjá
Um pescador ao ser questionado sobre uma imagem de Iemanjá em um barco ancorado no Porto Rei, e fotografado no trabalho fotoetnográfico disse: "Este barco não é daqui"! Aqui todo mundo é católico. Este barco é da outra ilha. Da ilha da Torutama.
A Foto da imagem de Iemanjá todavia foi feita em uma casa localizada no Porto Rei!
O trabalho fotoetnográfico que se realiza, para aprofundar os estudos de Antropologia Visual, nos tem colocado diante de um dilema, ao estudarmos a religiosidade, os mitos e as lendas da Ilha dos Marinheiros.
Congressos
As pesquisas envolvendo a religiosidade na Ilha dos Marinheiros e uma agricultura sustentável, despertaram interesse e curiosidade, aonde foram apresentadas.
A utilização da fotografia em trabalhos científicos,da forma que fazemos é algo excepcional e pouco experimentado pela maioria dos pesquisadores, que por desconhecerem o uso da fotografia como instrumento, se dedicam a longos e enfadonhos textos.
terça-feira, 23 de outubro de 2007
A Ilha nos Congressos de Iniciação Cientifica
Amanda Bleggi.
Jandré Baptista.
A pesquisa do Projeto Fotográfico da Ilha dos Marinheiros, dividida em três partes é um sucesso nos congressos cientificos da Universidade Católica de Pelotas, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, da Pontificia Universidade Católica de Porto Alegre e no 4 Signo. Memória e Identidad em Montevideo.
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
Pescadores lavradores
As relações de terra e água moldam o pluralismo econômico, fenômeno este típicamente dos moradores litorâneos de vários lugares e verificado também na costa brasileira. São gente do mar. Do mar de dentro (a lagoa) do mar de fora (o oceano).
São caçadores do mar, fazem coletas marítimas, são pescadores que completam seus parcos ganhos com pequenas lavouras de fundo de quintal.
sábado, 13 de outubro de 2007
A Fé
terça-feira, 25 de setembro de 2007
quinta-feira, 20 de setembro de 2007
Poema para os Marambaios
Ali onde banha a laguna, na porta do mar...
O local que rege as práticas sociais e simbólicas,
encontra na água as artes artesanais.
E do "Bolinha", aquele olhar.
de um carpinteiro do mar.
onde os mitos são arquétipos e ritos
sagrados e religiosos ou mesmo mitológicos
do viver do homem do mar
do pescador que tem na natureza
o vento, o sol, a água e tempo
como regente imprevisível, da luta da vida com o mar...
terça-feira, 18 de setembro de 2007
O Ilhéu
A Ilha dos Marinheiros faz parte de um símbolo polissêmico, que permeia a cultura do seu habitante. A ilha, como todo ambiente insular, reúne em seu contexto a realidade da água e da terra. Reúne ainda, a imagem do mar, arquétipos coletivos que caracterizam ações religiosas, sociais, e com uma dimensão histórica, temporal e espacial que fundamentam as noções do “A ilha é um “mundo em miniatura”(...), uma imagem completa e perfeita do cosmo, pois apresenta um valor sacro concentrado.” (Diegues.27. 1998)., e que compõem a estrutura do seu habitante nativo.
sábado, 15 de setembro de 2007
O Ilhéu
Quem é este ilhéu?
Apaixonante o estudo sobre as comunidades religiosas, sobre os mitos e as lendas, que trazem e colocam em relevo através dos labirintos da Marambaia, das taquaras do Porto Rei e escondidas pelas macegas dos Fundos da Ilha, um povo, uma cultura, um homem religioso que vive entre o mar e a terra e que se rege pelo tempo ciclico dos ventos e da natureza.
sexta-feira, 14 de setembro de 2007
quarta-feira, 5 de setembro de 2007
terça-feira, 4 de setembro de 2007
terça-feira, 28 de agosto de 2007
Antropologia Visual
segunda-feira, 27 de agosto de 2007
domingo, 19 de agosto de 2007
sábado, 11 de agosto de 2007
quarta-feira, 8 de agosto de 2007
A Ilha
Existe uma diversidade enorme.
Concluo com o dizer de Chevalier e Gheerbrandt de 1992.
"A Ilha é simbolicamente um lugar de eleição, de silêncio e paz, e sua cor é o branco".
terça-feira, 7 de agosto de 2007
Acampamento
Aplicação do método que desenvolvemos, será novamente testada.
Um acampamento esta programado para que os 40 pesquisadores tenham um contato com os ilhéus e iniciem as entrevistas com as fotografias e o caderno de campo tradicional. O bloco de notas.
segunda-feira, 6 de agosto de 2007
domingo, 5 de agosto de 2007
Qualificado
Fotoetnografia, Fotoetnotextografia.
Estamos de volta.
A Ilha dos Marinheiros é o nosso lar...
Qualificado
O Antropologo procura observar, conhecer e entender o real, esse campo vastíssimo da "realidade" humana. Parafraseando Etienne Samain e reportando-me a Vilém Flusser que diz que "Os aparelhos são produtos da técnica que, por sua vez, é um texto cientifico."
Van Lier diz que a fotografia "mostra alguma coisa, para transmitir uma mensagem". Nos reportamos ainda a Achutti que diz o que iremos fazer com o uso da fotografia nesta pesquisa...
"... assumindo a centralidade da narrativa, o que caracteriza a Fotoetnografia".
E Benjamim conclue "É preciso pois, que ela cumpra o seu verdadeiro dever, que é o de servir as ciências e as artes".
quinta-feira, 28 de junho de 2007
quarta-feira, 20 de junho de 2007
Estruturas Sociais
Pensar - Levi Strauss, Mauss, Geertz...
Sociedades insulares de lavradores e pescadores....
Sontag, Freund, Aumontt, Dubois, Diegues, Merleau Ponty...
Narração...
Achutti, Alves, Malinowski, Bateson & Mead.
O que será = religiosidade
Cadernos de campo visuais e tradicionais.
segunda-feira, 11 de junho de 2007
Os Labirintos do lobisomem, das bruxas e curandeiras.
Aqui tem muito disso, e não é lenda não.
O lobisomem. Existe sim. Os guri acha que não. Mas os antigo sabe. Tem lugar que não dá prá ir sózinho. Ele tá lá, e tem as bruxas. Que afunda os barcos e que pega pescador moço. Pega só prá faze maldade.
Elas tão no mar, de noite, mas ele não. Ele tá lá nas taquara.
Nos labirinto. Nas taquara mesmo.
É sim taquara, pois aqui não tem bambu.
É lá no meio das taquara, lá pro fundo. todo escondido.... (Ilhéu).
quinta-feira, 31 de maio de 2007
sexta-feira, 25 de maio de 2007
A Ilha dos Marinheiros
Cada vez que se volta olhar sobre a Ilha dos Marinheiros se descobre um universo mágico!
Baseada na pesca artesanal e na agricultura familiar, a ilha é um recanto de beleza natural, com uma população hospitaleira e acolhedora.
Passear o olhar sobre a ilha é descortinar visões de mundo, lições de vida em um mosaico humano de descendentes de portugueses.
Descobrir a história deste recanto às margens do canal do Rio Grande é a tarefa do momento. Uma tarefa que VALE A PENA !!!
terça-feira, 22 de maio de 2007
Reza e peoma da festa de 20.01.2007
Deus
Pensou
Mediu e Abençoou
E enviou para ti, sua cruz
Como um presente precioso
Do seu coração de bom pai
Por isso
A cruz
vem
para ti
Do Céu
como
uma
Escada
que leva
Ao reino
dos Céus
domingo, 20 de maio de 2007
Trabalho de Campo
A Festa de Santa Cruz!
sábado, 19 de maio de 2007
PÓRTICOS E ARCOS FESTIVOS PARA AS FESTAS RELIGIOSAS
Teriam vindo com os emigrantes portugueses oriundos de Águeda, Almalagues, Coimbra e Aveiro...
Seriam uma tradição inventada.
Amanhã na festa da comunidade da Santa Cruz, faremos entrevistas com os antigos moradores da Ilha.
Será que os ilhéus sabem o porque dos arcos e dos pórticos...
Alguém pode ajudar, pesquisando no google em sites de Portugal, Açores e Madeira.
quinta-feira, 17 de maio de 2007
Estamos criando um novo termo FOTOETNOTEXTOGRAFIA.
É como penso sua definição um estudo etnográfico através da fotografia e do texto, tendo ambos a mesma importância narrativa descritiva e sendo utilizados no corpo do texto científico com a mesma importância de forma a se complemenarem na descrições etnográficas.
Carlos Recuero
terça-feira, 15 de maio de 2007
Religiosidade
Pelo viés das manifestações religiosas, em especial nas festas dos santos padroeiros, estamos iniciando um trabalho que envolve a oralidade e a imagem fotográfica, procuraremos aprofundar o estudo da cultura, da sociedade, do fato social, das manifestações do imaginário coletivo e individual.
A festa da comunidade de Santa Cruz é o primeiro passo. O Ponto de partida.
Trabalhando com teoricos como Gertz, Sahlins, Mauss, Bourdier, Bateson, Collier Jr., Alves, Malinowski, estamos dando a partida cientifica de nossa pesquisa.
segunda-feira, 14 de maio de 2007
Festa de Santa Cruz II
Domingo cedo pela manhã começam as festividades. Hasteamnto das bandeiras do Brasil e de Portugal e as visitas das comitivas com andores dos outros Santos Padroeiros da Ilha.
A missa é um dos pontos altos do evento e depois tem inicio o churrasco e o baile da tarde.
As 16 horas, mais ou menos deve acontecer a procissão. Outro fato de muita importância da festa religiosa.
Depois o baile que vai até o final da noite.
Vamos montar os grupos de trabalho terça na reunião.
Devemos fotografar tudo! T U D O !!!!!
domingo, 13 de maio de 2007
Festa de Santa Cruz
Com ansiedade e espectativa aguardamos o evento religioso da comunidade da Marambaia.
Vamos acertar as datas de partida, barco,etc. Acampamento.
As leituras do momento são sobre Fotoetnografia (Achutti) e A Economia das Trocas Simbólicas (Bourdieu).
sexta-feira, 11 de maio de 2007
Sexta Feira
Reler o livro de John Collier Jr. a Fotografia como método de pesquisa. É a proposta para os integrantes do projeto.
Terça feira na reunião do grupo de pesquisa, estabeleceremos os caminhos a seguir.
quinta-feira, 10 de maio de 2007
Projetos de pesquisa
O projeto da religiosidade da Ilha dos Marinheiros deve se preparar de forma convincente para a cobertura das festas religiosas. O bolsista Henrique Gibbon está aprofundando dos estudos sobre o processo, principalmente no que se refere a história e estória dos pórticos.
O projeto da produção de horticultura e o bolsista Jandré Batista continua sua pesquisa bibliográfica sobre a produção de horticultura e a agricultura familiar. A documentação visual sobre toda a produção da ilha deverá iniciar logo, com a participação de cerca de 20 voluntários na equipe.
O projeto sobre a flores, sua produção e o trabalho das mulheres desenvolvido pela bolsista Amanda Bleggi começa a se reunir para estabelecer as formas de ação, para as entrevistas orais e fotográficas que deverão começar a realizar. A leitura da bibliografia é fundamental para o bom andamento da pesquisa.
A construção de barcos de forma artesanal por ilhéus é a nova pesquisa que pensamos em realizar. Lucas Schuch e Douglas estão iniciando os levantamentos iniciais para o desenvolvimento do trabalho. Interessados em participarem do grupo serão sempre bem vindos.
quarta-feira, 9 de maio de 2007
Nosso Blog
O nosso espaço na WEB para discutirmos os caminhos do Projeto da Ilha.
Aqui vamos apresentar o nosso trabalho diário, as nossas idéias, as nossas ações.
Trabalhos com fotografia! Pois Lewis Hine dizia : "Se pudesse narrar com palavras não necessitaria arrastar uma câmara atrás de mim"!