quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Audiovisual e a Fotoetnotextografia. O caso do Projeto Fotográfico Ilha dos Marinheiros

Trabalho apresentado no Regiocom2008 -

Resumo:

Este artigo apresenta dados sobre a realização do Projeto Fotográfico Ilha dos Marinheiros e a sua apresentação em forma de audiovisual para a comunidade de ilheús. O que é um audiovisual e como produzi-lo. A Fotoetnotextografia e seus conceitos e métodos. Este artigo apresenta essa trajetória sobre a produção de audiovisual, a fotoetnotextografia em um estudo de caso sobre o Projeto Fotográfico Ilha dos Marinheiros. Esta abordagem apresentada visa esclarecer as etapas de produção de audiovisual a partir de imagens fotográficas, o uso da fotoetnografia e a conceituação da fotoetnotextografia.

Palavras Chaves:

Audiovisual, fotografia, fotoetnografia, fotoetnotextografia, comunicação visual.


A qualidade e o sucesso de um audiovisual depende sempre, e em grande parte, do planejamento que antecede a produção. Não foi diferente na realização do audiovisual sobre o “Projeto Fotográfico da Ilha dos Marinheiros”.
Assim, apresenta-se aqui algumas premissas sobre a realização de um audiovisual, para depois se verificar o estudo de caso em uma abordagem sobre o seu uso no projeto em questão.
Todo o audiovisual depende sempre da realização de um planejamento antecipado e claro, afim de estabelecer e focar o objetivo do trabalho. O objetivo geral e o objetivo específico precisam nesta etapa serem estabelecidos de forma concisa, clara e objetiva para o sucesso do trabalho e para tanto necessitam de um estudo prévio e antecipado do público alvo.
Um audiovisual deve sempre estar visando o que se espera obter da sua audiência, Mesmo após a visualização do trabalho é necessário se alcançar resultados que evidenciem o sucesso do trabalho.
Então, se entende que no planejamento de um audiovisual deve ser desencadeado uma série de passos preliminares e que antecedam a sua realização, com o único objetivo de construir um trabalho sólido, objetivo e eficaz em seus propósitos comunicacionais.
Um análise de audiência, buscando responder a questões que esclareçam o nível educacional dos espectadores, a idade, o nível de renda, os pontos de vistas religiosos, seus afazeres diários e o local de suas residências, serão fundamentais para se poder definir o trabalho, pois o que sabem sobre o assunto e o que deve ser produzido em função do público alvo é de vital importância para o sucesso do empreendimento.
A produção e o roteiro deverão estabelecer, além do custo, questões fundamentais para um bom trabalho, no que dizem respeito ao tamanho do audiovisual, o tempo de duração, o custo orçamentário para a sua realização e divulgação, os elementos humanos que irão trabalhar e ou representar(se for o caso), cachês, quem irá dirigir, os assessores, o pessoal da técnica, as autorizações e contratos para o uso de imagem, além é claro da definição de equipamentos a serem utilizados, suportes fotográficos e a definição final do tamanho da projeção.
Todos estes elementos são fundamentais e devem ser constantemente avaliados, durante o andamento da produção, de forma que os problemas que forem surgindo durante a realização do audiovisual possam ser resolvidos visando garantir o sucesso do empreendimento.
Com o advento da era digital, o quadro de planejamento tão utilizado até então, passou a vir disponível em softwares, que garantem, ainda que minimamente, uma visão de parte da seqüência visual das imagens a serem utilizadas. Salienta-se, no entanto, que produções mais ambiciosas devam conter um roteiro escrito que deve incluir a descrição de cada imagem individual e a narração a ser utilizada em cada uma, ainda que digitada em forma de legenda.
Após toda a etapa de planejamento e produção a aprovação do roteiro começa-se a etapa mais clara do processo. O chamado “shot breakdown”, isto é, colocar os slides ou imagens em ordem de apresentação, o que determina a forma mais conveniente à execução do trabalho. Esta edição de imagens é necessária ser feita e ao seu final ser salva com identificações cronológicas de forma que sempre se possa voltar para refazer ou alterar algum ponto que se julgue necessário.
Outro fator importante é definir o formato das imagens, ou seja , a forma como as imagens serão registradas para o áudio visual, visando o uso da verticalidade da cena ou a sua horizontalidade, conforme a informação que se deseja passar. Está definição é muito importante, para dar uma maior qualidade ao registro visual. Nesta etapa conta muito o senso estético da cena, mas é de fundamental importância salientar, que ela deve ter sido pensada na etapa de planejamento do audiovisual.
O processo de captura das imagens ao ser iniciado, deverá então, seguir as orientações do roteiro. As tomadas fotográficas deverão então ir privilegiando sobre maneira as combinações adequadas de luz existente, com as sensibilidades utilizadas, de forma que as imagens registradas, mostrem uma perfeição de cores, contraste, luminosidade e saturação, além é claro da informação visual.
Os procedimentos fotográficos técnicos serão sempre baseados no uso da iluminação adequada, de forma à gravarem imagens claras em seu conteúdo e com um contraste perfeito, qualificando-as para a utilização no audiovisual. Imagens escuras, sem contraste ou mal iluminadas serão descartadas, pois terão baixa visibilidade e serão de difícil leitura.
A apresentação dos elementos imagéticos deverá dar ao observador uma clara leitura tanto da imagem, como do texto a ser utilizado.
Deve-se ter presente ainda a questão dos planos fotográficos utilizados; O close-up, termo inglês que denomina o primeiro plano, deve ser utilizado para destacar detalhes do assunto ou mesmo o evidenciar em suas particularidades e qualidades.
O plano médio geral, também chamado de plano americano, que visa mostrar de maneira mais próxima a cena do que o planto geral. Este plano, quando utilizado com personagens, tem a tendência de ter o enquadramento ao nível dos joelhos da pessoa para cima.
O plano geral, anteriormente citado, tenta situar o observador no ambiente onde é realizado a tomada de cenas.
Existem ainda os planos médio e plano detalhe, onde a pessoa é mostrada da cintura para cima e o plano detalhe onde o objeto ou assunto registrado ocupa toda a tela. Percebe-se assim que a utilização dos planos vai ressaltando conforme o roteiro, as cenas fotográficas objetivas e as cenas fotográficas subjetivas.
Outro fator importantíssimo a ser observado é o enquadramento das cenas a serem registradas, e deve-se ter cuidado com as folgas em demasia com relação ao assunto e a cena e dos enquadramento apertador, que engessam a cena.
A composição a ser utilizada que determina a distribuição do assunto na cena deve ter um cuidado especial, principalmente com relação ao uso de composições dispersivas, onde objetos e assuntos secundários roubam a cena central a ser registrada, como a utilização de composições pobres, onde apoios ou reforços visuais de objetos poderiam valorizar o assunto central.
Finalmente, realizado a captura das imagens, se passa para a realização de uma seleção visual de todo o material obtido, onde o responsável pelo audiovisual deverá envolver-se na avaliação e a seleção de imagens de acordo com o objetivo do trabalho e com a legibilidade textual a ser inserida, de forma que os caracteres a serem utilizados valorizem o tanto a imagem como o texto usados.
Nesta etapa o diretor deve observar o uso de uma dimensão mínima de tamanho dos caracteres para a compreensão do audiovisual e também a uma altura máxima dos mesmos caracteres, de forma que não ultrapasse o senso estético para a apresentação.
A elaboração de um Layout bem estudado garantirá a legibilidade e a possibilidade de uma apresentação progressiva e bem sucedida do audiovisual. Finalmente a inclusão da trilha sonora e a marcação para a mudança sucessiva das imagens garantirão o sucesso do audiovisual.
Feito estás premissas sobre a áudio visualidade, ressalta-se que foi assim, dentro desta lógica que se realizou o trabalho sobre o projeto fotográfico da Ilha dos Marinheiros.
O estudo prévio sobre o Ilhéu morador da ilha foi fundamental para que a abordagem sobre os temas objeto de estudo tivessem sucesso e conseguissem reunir em um amplo leque de informações o que se desejava mostrar sobre a realidade geográfica, cultural, social e religiosa do nativo daquele lugar.
O cotidiano de suas relações interpessoais e com a natureza que os condiciona, limita e rege o seu viver, tornaram possível descobrir e registrar o seu relacionamento com o sobrenatural, e portanto descortinar os segredos daquela sociedade insular e desvendar os motivos do seu agir
O ato de ver não é uma coisa natural, ele necessita ser aprendido. Foi Nietzsche quem afirmou que a primeira tarefa da educação seria a de ensinar a ver.
A escolha de usar da fotografia no trabalho de pesquisa na Ilha dos Marinheiros, foi baseada no caso de que ela permite uma forte constatação visual da realidade, de forma a fazer com que o homem, o observador, possa se reconhecer dentro do processo histórico pois, “(…) a formação do conhecimento ocidental se faz pelos sentidos, principalmente pela visão” (RECUERO, 2006:200 in Ecosrevista). Afinal, sabe-se que “a máquina fotográfica não se apresenta como um remédio para nossas limitações visuais, mas como um auxiliar para nossa percepção”(COLLIER JR., 1973:01).
Após a decisão de se usar as fotografias como forma investigativa no trabalho, cabia a escolha do “como” fazer, pois ver fotografias apenas em anexos de trabalho é frustrante. Olhá-las apenas como ilustrações ressaltava a existência de um abismo entre o visível e o dizível, entre o potencial de comunicação do processo fotoetnográfico como fator de comunicação e a opção pelo uso do texto com uma ilustração sobre o que se escrevia.
A percepção de que a compreensão da realidade era maior quando a mesma se tornava disponível, através de fotografias, diante do olhar era no entanto uma constatação do valor de se utilizar imagens fotográficas como narradoras da realidade etnográfica.
Assim, a escolha de usar a fotografia como o fio condutor, não foi um acaso e nem uma escolha pioneira ou experimental, mas fundamentada na bibliografia existente, que conciliava a formação de comunicador social, fotógrafo com uma experiência de mais de 40 anos. A curiosidade investigativa sobre o uso da fotografia nas ciências sociais e em especial na antropologia visual e na fotoetnografia, por parte deste pesquisador, poderia ser resumida no falar do filósofo da fotografia Henri Van Lier quando diz;

(…) Après tous lês caractères que nous venons de parcourir, la photographie se situe peu-être lê mieux grace à lòpposition quòn fait souvent aujourd`hui entre lê téel et la realité. (VAN LIER. 1983:42).


A leitura do livro de John Collier Jr. “Antropologia Visual – A Fotografia Como Método de Pesquisa” (1974), do livro “Balinese Character – A photographic analysis” (1942), de Gregory Bateson e Margaret Mead, do livro “China and the people” (1851) de John Thonsom, o livro “How the Other Half Lives, New York de Jacob Riss (1888), e dos clássicos livros de Lewis Hine (1932) “Men at Work. Photographic Studies of Modern Men and Machines”, “Women at Work. 153 photographs”e “Kids at Work, e o filme “Nanook – of the North”(1922) de Robert Fkaherty, foram de certa forma um balisador, para nortear a realização do trabalho e fundamentar a busca dos objetivos pretendidos no uso da imagem visual, marca inapagável desta época, como forma de narração da investigação pretendida.
O Trabalho de Luiz Eduardo Robinson Achutti “ Fotoetnografia: um estudo de antropologia visual sobre cotidiano, lixo e trabalho”, (1997) realizado com mulheres em uma vila da cidade de Porto Alegre, e fruto da sua dissertação de mestrado, na Urgs, foi esclarecedor e o marco para se aprofundar na pesquisa sobre a Antropologia Visual, sobre a Fotografia Documental e fundamentar o uso da “Fotoetnografia” e também para preparar outra alternativa para se trabalhar a imagem fotográfica em trabalhos científicos.
Elaborar um trabalho de comunicação visual, na área de ciências sociais e de cunho antropológico, com a utilização de imagens fotográfica, exige um minucioso planejamento e uma construção, que deve ser muito bem elaborada.
Quando se pensa, que a interação entre os registros verbais e os registros visuais que como diz Samain, ao falar sobre o livro de Bateson e Mead, “Balinese Character”, devem ser “(…) concebidos como verdadeiras fontes de pesquisa e não apenas como meras e possíveis ilustrações” (SAMAIN. in ALVES, 2004: 53), definem e caracterizam a importância da fotografia, no caso, para a realização do projeto fotográfico sobre a Ilha dos Marinheiros.
Percebe-se que as fotografias passam então a adquirir uma importância maior do que a de meros fragmentos do observado. Elas adquirem o poder de valerem “mais do que mil palavras”. Elas são imagens refletidas de uma realidade e assim gravadas para o todo sempre.
No entanto, as imagens fotográficas necessitam de uma eloqüência maior, a fim de mostrarem, narrrarem e recordarem, a realidade espistemológica que procuram retratar de cada fenômeno gravado. A sua subjetividade “natural”, inerente da fotografia, necessita de um aliado, de forma que conjuntamente possa contribuir para uma melhor narração do fenômeno.
O texto foi a escolha mais racional. Mas, a forma da sua utilização, era a dúvida e a questão a ser trabalhada, pois, não se pretendia utilizar a fotografia, como mera ilustração de palavras, como até então é utilizada pela maioria dos pesquisadores.
O método Fotoetnográfico, desenvolvido por Achutti não preenchia, no caso, os anseios e a forma que se pretendia dar ao trabalho. O Fato de usar o texto em determinados momentos e a imagem simples e pura em outros, nos colocava dúvidas quanto a eficiência na narração de um dos objetivos específicos que nos propúnhamos, o de relatar as festas religiosas, que são repletas de gestos e linguagens do corpo, e que necessitavam em alguns momentos o uso conjugado do texto tradicional para uma maior compreensão do trabalho visual registrado.
A imagem não é um equivalente ao texto. Ela não possui a capacidade enunciativa da linguagem escrita tradicional, mas traz consigo algumas particularidades que vão além do olhar e do ver, mas que fazem pensar, por ser “(…) uma representação das representações”(SAMAIN, in ALVES, 2004: 71), pois vão adquirindo então uma imperturbável imutação desta realidade registrada, que ali aprisionada mostra o que diz Sontag “(…) o qüão irreal e remota é a realidade.” (SONTAG, 1981: 157).
Outro elemento importante no desenvolvimento desta constatação, vai de encontro ao modo como o leitor deve procurar agir a respeito e que diz Achutti como deve ser feito ao “(…) dar a mesma importância à linguagem escrita e a linguagem visual, fotográfica, no caso”(ACHUTTI, 2004: 73), na leitura destes trabalhos.
Assim, como se ordena as letras, as palavras e as frases, para se enunciar uma informação, as fotografias necessitam também desta organização, de forma a fazerem o observador pensar, através da simbolização da realidade que, elas, trazem consigo, como Aumont descreve que “(…) a imagem tem dessa maneira a capacidade de transmitir e talvez, de fabricar reflexão no que diz respeito ao mundo.”(AUMONT in SAMAIN in ALVES, 2004: 71).
Se o que a fotografia apresenta é provas da realidade como diz Sontag, e que quando temos dúvidas sobre a sua veracidade, ela “(…) parece-nos comprovada quando dela vemos uma fotografia”(SONTAG, 1981:05), então, estas imagens são capazes de fazer conhecer, e completar o que o texto tradicional não consegue descrever a respeito de determinados fenômenos e experiências.
A fotografia que antes ilustrava galerias, informava em jornais e anunciava o consumível, agora, ela, busca no seio da ciência o lugar que ela lhe julga reservado. Não ser arte mas, conter a arte. Não ser a realidade, mas, conter a realidade. Não ser a ciência, mas mostrar a ciência, pois é dotada, quando bem utilizada, de uma narrativa eloqüente.
Portanto, a responsabilidade da realização de um trabalho cientifico utilizando imagens fotográficas deve se render à honestidade e ao bom senso o qual deve prevalecer na captura destas cenas, assim como deve ser a realização das anotações feitas no caderno de campo tradicional de uma pesquisa antropológica.
Assim ao se elaborar uma pesquisa etnográfica o acervo repleto de informações que deve ser elaborado, e que vai além das simples anotações, sejam visuais (fotográficas ou cinematográficas) ou as realizadas de maneira tradicional no caderno no campo, devem constituir-se de um rigor cientifico idêntico nas suas formas de obtenção.
Barthes(1981) já dizia “no fundo a fotografia é subversiva não quando assusta, perturba ou até estigmatiza, mas quando é pensativa”, assim o objetivo deste trabalho também é o de ao utilizar a fotografia desta forma, fazer ver e pensar contribuindo para o desenvolvimento da antropologia visual.
Se Achutti chama de Fotoetnografia “(…) o resultado de um exercício utilizando-me da fotografia, no sentido da constituição de uma narrativa etnográfica”(ACHUTTI, 1997: 15), este pesquisador denomina de “Fotoetnotextografia” o método que contempla o uso da fotografia como discurso em narração de trabalhos científicos e utilizada com a mesma importância do texto tradicional, no corpo do trabalho, podendo estar intercalada entre o texto e legendada ou só como narrativa visual, sem a presença de palavras na descrição de fenômenos sociais. A esta forma de utilização denominou-se de Fotoetnotextografia.
Ao se confrontar a Fotoetnografia e a Fotoetnotextografia para se apurar as suas diferenças e semelhanças, pode-se afirmar que elas possuem mais semelhanças que diferenças. Todavia, o que as difere, seria a forma como o texto é utilizado em conjunto com a imagem fotográfica. Ao passo que na Fotoetnografia vem os textos visuais e depois os textos tradicionais, ou vice –versa, na Fotoetnotextografia os mesmos textos visuais (fotografias) e os textos tradicionais interagem dentro do mesmo.
Ao se sentar para concluir o trabalho sobre a Ilha dos Marinheiros, percebeu-se a qualidade técnica do material fotográfico obtido e a enorme quantidade de imagens fotográficas, resultado de quase dez anos de constante captura fotográfica realizada na Ilha.
Apesar da enorme quantidade de fotografias realizadas se percebeu que se tinha mais de 10.000 imagens digitais e cerca de 3.500 imagens analógicas, sobre a ilha, sobre o povo e suas atividades culturais, sobre aspectos sociais e as festas religiosas.
A partir de então, realizou-se uma seleção das imagens capturadas por este pesquisador e as realizadas por seus colaboradores, de forma a se realizar uma avaliação e seleção do material visual disponível.
Como se havia estudado sobre a produção de audiovisuais e se observado de forma participativa a todos os fenômenos registrados, sabia-se como elaborar um texto visual coerente, privilegiando através da escolha da melhor imagem fotográfica para realizar uma melhor narração da descrição visual do fenômeno observado.
Tinha-se presente o fato de que, assim como um parágrafo não desvenda um texto, mas é um conjunto de parágrafos que descreve o observado e dizível com palavras. Pois, nada é feito de forma desordenada, ao se narrar, pois foram as palavras agrupadas de maneira a dar um sentido lógico, e formar um código decifrável, para poderem dar uma compreensão ao que se narra, com as fotografias não deveria ser diferente.
Com as fotografias se deveria trabalhar o seu potencial narrativo, procurando entre as imagens realizadas disponíveis, aquelas que reunissem um bom potencial narrativo – descritivo.