terça-feira, 29 de abril de 2008

A oralidade da lenda... Mitos ????

Assim como diz Mauss; “É da natureza da sociedade expressar-se simbolicamente nos seus costumes e nas suas instituições” (Mauss. 15.2001). , entende-se como a observação das festividades religiosas, no caso as procissões, tem uma relevante importância para o estudo dos resquícios da imigração portuguesa, colonizadora da ilha para a compreensão do grupo étnico social da Ilha dos Marinheiros e da sua relação com o sagrado, com os mitos e as lendas que compõem o imaginário coletivo desta população.

O relato oral de Carocha, pescador da Marambaia e do Bita também pescador

“ Olha nois táva num lugar lá no retiro. sem nada. Não tinha casa, não tinha gente, não tinha nada. Noís muito namorador e ia nos lugar das vila dos outro pescador do norte. Depois nóis voltava a cavalo. Eu e o Bita tava voltando até onde o meu pai tava esperando. Ele tinha acendido um liquinho, para nóis o achar. Tinha muita cerração e tava escuro que nem preto.

Nóis tava a cavalo e no meio do nada, começamo a ouvi risada de mueí. Riam na nossa frente. Riam atrais de nóis. Riam encima de nóis. Isso foi um vinte minuto ouvindo as risada. Olha era as Bruxa! Elas andam atrás de home solteiro. Nois tinha so 28 ano e era solteiro. Mas era as Bruxa! Hoje não se fala mais nisso. Nóis os véio sabemu, mas a gurizada não.”